Governo convoca empresários para discutir preço dos alimentos

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Associações de carnes, açúcar, etanol e biodiesel são chamadas para reuniões no Ministério da Agricultura; Casa Civil conduzirá encontros na próxima semana

O governo decidiu convocar entidades que representam setores importantes do agronegócio para uma série de reuniões, nos próximos dias, a fim de discutir ações que possam baratear o preço dos alimentos.

Quatro setores serão chamados para as reuniões: carnes, açúcar, etanol e biodiesel. As conversas vão começar no Ministério da Agricultura, nesta quinta-feira (27), e devem ter continuidade na Casa Civil ao longo da semana que vem.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá receber um relato detalhado da primeira rodada de encontros e conduzir ele próprio, no Palácio do Planalto, novos encontros com ministros e auxiliares próximos.

O roteiro de reuniões com as entidades do agro foi definido nesta terça-feira (25) à noite, no Palácio do Planalto, por ministros que se encontraram com Lula para debater o assunto.

Lula descartou a adoção de “medidas heterodoxas” para conter o preço dos alimentos, como a criação de cotas para exportação — com volumes máximos que, se excedidos, ficariam sujeitos à cobrança de imposto.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, avisou ao Planalto que pediria demissão se o governo adotasse essas medidas. Elas foram aventadas, em conversas internas, pela Casa Civil e pelo Desenvolvimento Agrário.

Na reunião, ficou alinhado que o governo deverá se unir em torno do discurso de que não haverá medidas intervencionistas e que a alta do preço é temporária.

O remédio no momento será “paciência” diante da expectativa positiva da próxima safra para baixar preços dos alimentos, enquanto se buscam os setores para estudar medidas de apoio conjuntas.

O Planalto também foca em melhorar a comunicação sobre as ações do governo para travar a erosão da popularidade do governo diante da alta de preços.

“Quando você tem um movimento de preços de alimentos, principalmente, você mexe com a popularidade de qualquer governo. E nós precisamos ajustar e dialogar muito com os setores produtivos”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa, em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (26).

Biodiesel

Um dos setores que o governo pretende convocar, a indústria do biodiesel pretende propor o aumento imediato da mistura do biocombustível no óleo diesel comum.

A mistura iria de 14% para 15%, agora em março, mas a mudança foi adiada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

De acordo com o diretor-presidente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, a adoção do B15 pode ter efeitos positivos na cadeia de carnes.

Isso porque, ao esmagar mais soja para a produção de biodiesel, gera-se mais farelo também — que serve para alimentação do rebanho.

O argumento do governo, ao adiar o aumento da mistura, foi evitar uma alta de R$ 0,01 ou R$ 0,02 no preço do diesel nas bombas.

A Ubrabio sustenta, porém, que esse efeito é residual perto de outros benefícios: redução das emissões de gases-estufa, segurança energética e — diante da discussão sobre o preço dos alimentos — maior oferta de farelo de soja.
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