O músico Rinaldo Oliveira Amaral, o Mingau, do Ultraje a Rigor, continua sedado na UTI do Hospital São Luiz, em São Paulo, após cirurgia realizada no fim de semana que teve duração aproximada de 3h30. Ele foi baleado na cabeça em Paraty (RJ), na madrugada de domingo (3), e transferido em estado grave para o hospital a capital paulista.
Ele deve permanecer assim por pelo menos mais três dias, em estado de observação do inchaço intracraniano causado pelo ferimento, segundo os médicos.
Em entrevista à imprensa na manhã desta terça-feira (5), a equipe responsável pelo caso disse que, neste momento, a luta é pela vida, e que ainda não se sabe se essa será a única cirurgia realizada. De acordo com a avaliação dos médicos, os próximos passos dependem da reação do paciente.
O projétil que atingiu o músico do Ultrage a Rigor penetrou na região frontal esquerda, transfixou e se perdeu no ambiente onde houve o disparo. A região atingida é um ambiente do cérebro responsável pela visão e pela função motora.
Segundo os médicos, ainda é difícil de estabelecer prognóstico sobre eventuais sequelas. Por enquanto, o resultado da cirurgia é considerado satisfatório.
Os médicos explicaram, também, que em casos como o do músico, o tratamento no hospital consiste em três fases: a fase aguda; a fase de diminuir a pressão intracraniana; e a fase pós-pressão, que é de vigilância.
No momento, o paciente encontra-se na fase 2, ainda considerada grave; até o quarto dia do pós-cirurgia é considerado um momento crítico. É pouco provável que se tire a sedação antes desse tempo, disse a equipe.
Além disso, o coma induzido acontece para controle da pressão intracraniano e também de outros órgãos: Segundo os médicos, o paciente está no pico do inchaço, e precisa superar essa etapa antes da próxima. Eventuais condições que poderiam levar a uma nova cirurgia seriam, por exemplo, o surgimento de coágulos.