Motorista de aplicativo veja novo beneficio.

Facebook
Pinterest
Telegram
WhatsApp
Compartilhe

Motoristas de aplicativo podem se tornar uma nova classe regulamentada e com direitos trabalhistas, caso o Projeto de Lei 1471/22 que está tramitando na Câmara dos Deputados seja aprovado.

O PL 1471/22 determina que a regulamentação de serviços de aplicativos de passageiros, como Uber e 99, deverá prever um valor mínimo a ser repassado ao motorista (pela plataforma) superior ao salário mínimo vigente.

O cálculo será definido juntamente com a empresa dona do aplicativo e deverá considerar valores como manutenção e limpeza do veículo, no município de atuação do motorista, além dos custos com impostos, variação do valor do combustível e o tempo sem ‘rodar’ do motorista.

Os motoristas terão direito de receber  um valor mínimo de R$ 32,10 por hora trabalhada, que segundo o projeto, foi divido em: R$ 24,07 para cobrir gastos com internet do celular, combustível, manutenção do veículo, seguro e impostos. Já os R$ 8,03 restantes seriam uma remuneração correspondente a 25% da hora trabalhada. Ou seja, 75% deste valor é destinado a manutenção do veículo.

Conforme normas das plataformas, é permitido trabalhar até 12h por dia e se o motorista trabalhar 8h, ele terá um salário mensal de R$ 1.412.

Leia também: Asfalto entre Ponte de Ferro e Coxipó do Ouro vai fomentar turismo na Baixada Cuiabana

Caso o PL seja aprovado, será criada a categoria “trabalhador autônomo por plataforma”, em que o motorista pode escolher quando trabalhar e sem vínculo de exclusividade com nenhuma plataforma, além de um sindicato e transparência sobre as regras de oferta de viagens.

Outro ponto de destaque é que tanto os motoristas quanto as empresas passam a contribuir com o INSS, sendo recolhido 7,5% por motorista e as empresas sendo responsáveis por 20% de contribuição por trabalhador autônomo por plataforma, caso a proposta seja aprovada.

As mulheres que trabalham nas plataformas terão acesso  aos direitos previdenciários previstos no Auxílio Maternidade.

Os deputados Felício Laterça (PP-RJ) e o Delegado Pablo (União-AM), são os autores do PL e afirmam que o estabelecimento de uma tarifa mínima vem sendo adotado em outros países. Segundo eles, o modelo proposto está em harmonia com a Constituição, que delega aos municípios a competência para organizar o transporte local.

 

“O modelo baseia-se na apresentação de diretrizes para a definição de valor mínimo a ser repassado ao motorista. Essa definição deverá ser feita com a participação das empresas, de modo que os valores sejam construídos de forma colaborativa e, portanto, tenham minimizadas eventuais distorções”, afirmam.

O Projeto de Lei estabelece ainda que os aplicativos de transporte deverão exibir ao passageiro o extrato detalhado dos valores dos tributos, repasse ao motorista e demais parcelas que compõem o preço final.

Receios da categoria

A categoria teme que o montante final de R$ 32,10 proposto pelo governo não seja suficiente, já que de acordo com eles, esse valor não cobre as despesas com a manutenção do carro e combustível, diferente do que diz a proposta.

Outro receio é que as empresas podem usar esse valor mínimo como brecha para diminuir os valores repassados por corrida. “Quando a categoria for criticar a empresa por conta do repasse, vão justificar que estão cumprindo com a obrigação”, supõe o presidente da Amasp, Eduardo de Souza.

Uma terceira preocupação, é a necessidade de estabelecer um acordo coletivo para que se cumpra mais do que as 8 horas estabelecidas pelo governo. A regra que está proposta no PL diz que o motorista que trabalhar até 8 horas, irá receber um valor de R$ 1.412, mas dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que os motoristas de aplicativo tiveram uma renda média mensal de R$ 2.254 em 2022.

Tramitação

O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes; Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

“Vocês acabaram de criar uma nova modalidade no mundo de trabalho”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a assinatura do documento, na última segunda-feira (4).

Com a regularização da categoria, a expectativa é que as condições trabalhistas melhorem e consequentemente, a experiência dos passageiros também.

A proposta é de autoria dos deputados Felício Laterça e do Delegado Pablo e altera a Lei de Mobilidade Urbana. O texto atualmente tramita na Câmara dos Deputados.

Compartilhe
Facebook
Pinterest
Telegram
WhatsApp

Leia mais...

Bandidos invadem casa e matam jovem de 20 anos a tiros

Bandidos invadem casa e matam jovem de 20 anos a tiros

Empresário acusado de matar ex-jogador de vôlei em Cuiabá se entrega à polícia

Empresário acusado de matar ex-jogador de vôlei em Cuiabá se entrega à polícia

vantegens de buscar desenvolvimento pessoal

Vantagens de buscar desenvolvimento pessoal

Design sem nome (32)

Coordenador alerta para baixa procura de grupo prioritário pela vacina contra dengue em Sinop

Design sem nome (31)

Guarantã do Norte ganha mais de 500 empresas e Peixoto 279

Design sem nome (30)

Sinop: audiência pública abordará agricultura familiar e produção sem agrotóxicos

Design sem nome (28)

Morador de Lucas do Rio Verde denuncia mais de R$ 2 mil em bens furtados

Design sem nome (27)

Casal que morreu em acidente na BR-163 será sepultado nesta 2ª em Sinop

Fale conosco