As exportações de milho pelo Brasil deverão registrar uma queda de 11% na atual safra 2023/2024, que se estende de março deste ano a fevereiro do próximo. A projeção é da consultoria Datagro, que reduziu em 2 milhões de toneladas sua expectativa para os embarques.
De acordo com os analistas, agora é esperado que o país exporte 16 milhões de toneladas do cereal entre 2023 e 2024, versus as 18 milhões de toneladas inicialmente previstas.
Entre os motivos para essa correção mais pessimista, estão a valorização do real ante ao dólar e a elevação dos custos de transporte, fatores que prejudicam a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.
Além disso, a Datagro também reduziu levemente a expectativa de produção nacional de milho nesta safra, de 126,5 milhões para 125,5 milhões de toneladas. Também pesam as estimativas de menor consumo interno desde o fim do ano passado.
Por outro lado, as exportações de milho do Brasil em 2022/2023 devem ser recordes, superando 31 milhões de toneladas. Esse volume é explicado principalmente pelos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre outros grandes players globais.
Apesar da queda projetada pela Datagro para 2023/2024, analistas ressaltam que o Brasil deve se manter entre os maiores exportadores do cereal, posição conquistada graças aos bons volumes garantidos pelo segundo ciclo de safra.