Após uma corrida para reabastecer os estoques no final de 2022, a demanda chinesa pela soja brasileira perdeu força em janeiro, de acordo com dados da consultoria Safras & Mercado. As compras do país asiático desaceleraram no primeiro mês do ano.
Entre dezembro e janeiro, as importações da China caíram de 15,3 milhões para 8,9 milhões de toneladas da oleaginosa brasileira. A maior parte do volume adquirido recentemente deve ser destinada à fabricação de ração animal.
De acordo com a Safras, essa desaceleração tem relação com os altos níveis de estoque de soja que o país asiático já conseguiu acumular, reduzindo temporariamente a necessidade de novas compras.
Além disso, pesa a valorização do real frente ao dólar em janeiro, o que reduz a competitividade da soja brasileira. Os chineses devem priorizar também importações da safra dos Estados Unidos, cujo plantio avança a todo vapor.
Apesar dessa perda momentânea de fôlego, a expectativa da consultoria é de que o patamar médio das importações pelo país asiático se mantenha superior a 8 milhões de toneladas ao longo dos próximos meses.
Para o produtor brasileiro, a recomendação é aproveitar os preços mais altos do momento para comercializar a soja da nova safra 2023/2024, garantindo margem de lucro com o custo de produção já coberto.