FAEG: Preço do quilo do café está mais caro do que um dia trabalhado de quem ganha um salário mínimo

Facebook
Pinterest
Telegram
WhatsApp
Compartilhe

A conta é simples. R$ 1.518,00, divididos por 26 dias trabalhados (pegando como base uma jornada de 44 horas semanais). O resultado é R$58,38. Isso significa que quem ganha um salário mínimo terá que usar os ganhos referentes a mais de um dia de trabalho para comprar um quilo de café, que atualmente passa dos R$ 70,00 nos supermercados.

Depois do recorde histórico em 31 de janeiro de 2025, quando a saca de 60 kg do Café Arábica foi cotada a R$ 2.508,00, no último dia 5 de fevereiro, o preço se superou novamente, chegando a R$ 2.617,72. De acordo com o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), entre os principais fatores para a alta, está o ciclo de produção bienal, alternando anos de alta e baixa produtividade.

“Em 2025, estamos em um ano de bienalidade negativa, resultando em uma safra menor. Condições Climáticas Adversas: Secas e temperaturas elevadas nas principais regiões produtoras do Brasil como Minas Gerais, Espirito Santo e São Paulo afetaram a produção, reduzindo a oferta”, explica Leonardo Machado, gerente do Ifag.

Os problemas climáticos em outros países grandes produtores, como Vietnã e Colômbia, diminuíram a disponibilidade mundial de café, enquanto o consumo continua crescendo especialmente em mercados emergentes da Ásia e da África. A valorização do dólar também impacta no preço. A moeda americana em patamares elevados torna as exportações brasileiras mais competitivas, incentivando produtores a direcionarem sua produção para o mercado externo.

Embora Goiás ainda represente uma parcela modesta da produção nacional, estão sendo feitos investimentos significativos em tecnologias de manejo e práticas sustentáveis para ampliar a participação na cafeicultura brasileira. Na safra de 2024, o estado registrou um aumento de 30,6% na produção de Café Arábica (grãos de alta qualidade), alcançando 263,5 mil sacas.

Sobre a redução dos preços, ainda não é possível falar em baixa de preços para o consumidor. “Os produtores enfrentam aumento nos custos de insumos e logística, pressionando as margens de lucro. Os preços podem continuar elevados nos próximos meses, especialmente se as condições climáticas adversas persistirem e a oferta não se normalizar. A primeira estimativa da safra brasileira de café para 2025 aponta para uma produção total de 51,8 milhões de sacas, representando uma redução de 4,4% em relação a safra anterior”, destaca, Leonardo Machado.

Zan norte agro

Compartilhe
Facebook
Pinterest
Telegram
WhatsApp

Leia mais...

Design sem nome (9)

Polícia Rodoviária Federal apreende cerca de 40 kg de cocaína em caminhão na BR-163 em Sorriso

Design sem nome (8)

Nova Mutum chega a R$ 5,3 bilhões de produtos exportados e é 6º no ranking estadual

Design sem nome (7)

Flamengo perde 4 pênaltis em final contra o PSG e fica com o vice da Copa Intercontinental

Design sem nome

Prazo para vacinação contra brucelose termina no próximo dia 31; produtor pode ser multado

Design sem nome (6)

Carro é destruído pelo fogo em Sinop e corpo carbonizado; assista

Design sem nome (5)

Hospital Central de MT deve ter todos os serviços em funcionamento até abril; 78 leitos de UTI

Design sem nome (4)

Prefeito de Nova Mutum alerta para descarte irregular de materiais às margens de estrada; “cena triste”

Design sem nome (3)

Homem é preso transportando arma e munições em Lucas do Rio Verde